A seita gnóstica situa-se no elenco das antigas religiões emergidas na Ásia Menor depois de quando o misticismo cedeu espaço à mente, solicitada no exercício da meditação.
O surgimento da religião gnóstica prende-se ao sincretismo cultural dos muitos povos que habitavam, e se mesclavam nos territórios adjacentes e circunjacentes ao mar Mediterrâneo.
O nome gnose é termo do idioma grego clássico, significativo de conhecimento intuitivo, ou revelado por via transcendental.
Então, gnose quer dizer conhecimento esotérico, ou conhecimento adquirido no íntimo da pessoa semelhante àquele tipo de compreensão que brota de dentro para fora do indivíduo; é, pois, o conhecimento das coisas ocultas e misteriosas (conhecimento dogmático).
Enfim, o vocábulo gnose difere da palavra sophia vale dizer: conhecimento exotérico, ou adquirido externamente aquele que flui de fora para dentro, ou conhecimento das coisas ostensivas e palpáveis (conhecimento pragmático): filósofo é termo correlato, de origem grega, e quer dizer "amigo do conhecimento".
Conquanto haja sido instituída no Oriente próximo, com os procedimentos místicos da religiosidade, a prototípica seita gnóstica (não somente na sua designação) recebeu esclarecida influência dos pensadores gregos - infiltrada nas colônias helénicas.
As campanhas promovidas por Alexandre Magno ampliaram a infiltração do pensamento gnóstico no continente asiático.
Os seguidores da religião mitraica e os maniqueístas assimilaram e contribuíram para a difusão de princípios doutrinários gnósticos.
Outra seita que aplicou a doutrina gnóstica foi a dos terapeutas essênios, praticada por uma fração dos hebreus (e que teve a discutida participação de vários fundadores do Cristianismo).
Aliás, a religião cristã só prosperou dois séculos depois do martírio infligido a Jesus Cristo, pois, enquanto ela não contou com a adesão oficial (que a transformou na Igreja Católica Apostólica Romana), outras seitas vicejaram a margem da história.
Sucedeu assim com as seitas mitraica e maniqueísta, que foram sufocadas (juntamente com a doutrina gnóstica), sob a perseguição de seus fanáticos opositores.
Apesar de perseguida como herege, a seita gnóstica foi defendida por renomados autores cristãos da Igreja Católica Apostólica Romana naqueles tempos (quando os antigos sacerdotes foram considerados como pais dos fiéis, que convertiam e ilustravam). Mencionados pais (ou padres) pontificaram no cenário latino, em que o Cristianismo católico germinou de modo que o pai era o pater, ou o mesmo que padre: dentre eles se notabilizaram alguns "padres" da Igreja, também insignes gnósticos.
Citam-se muitos nomes de pensadores gnósticos, possuidores de grande erudição, que deixaram à posteridade os frutos de sua seiva religiosa.
Por conseguinte, o Gnosticismo não se extinguiu; ao contrário, perdura através dos séculos, pois, sem dúvida, o feitio gnóstico de cogitação transcendente não desaparece.
Houve algumas variações retóricas, difundidas pelos expositores gnósticos, no tempo e no espaço como os chamados setianos, naasenos, ofitas, valentinianos, barbelonitas, basilidianos, salvacio- nistas, etc.
A seita gnóstica está centrada no livro intitulado Pistis Sophia.
A exemplo de outras obras literárias, que são equivalentes a monumentos religiosos, Pistis Sophia é o livro sagrado dos gnósticos ali estão reunidos os alicerces da sabedoria (Sophia), com os revestimentos da fé (Pistis).
Os objetivos dos gnósticos são:
a) O aperfeiçoamento da personalidade;
b) A união fraternal de todas as pessoas humanas, em perfeita harmonia com os demais seres da Criação universal.
Desde a época do mago bíblico Simão, até os tempos modernos e contemporâneos, a seita gnóstica se interessa por difundir as bases doutrinárias dos ensinamentos cristãos.
A tese precípua dos gnósticos, em todos os tempos, forjou-se nos princípios que visam defender e conservar os antigos mistérios da religiosidade.
Não obstante, durante a Idade Média, as temíveis repressões, impostas pelo sistema corporativo dos católicos romanos, encimadas nos rigores das Ordens religiosas (mormente a jesuíta), conseguiram reduzir a ação gnóstica a umas poucas formas de manifestação afinal, facilitadas pela afinidade com os templários.
Evidentemente, a extinção da Ordem do Templo (suprimida em 1312 pelo papa Clemente V) reprimiu a publicidade gnóstica aos conciliábulos secretos, por longo período. Mas, no início do século XVII, refluiu no panorama cultural da Europa uma reservada instituição, cujos membros incógnitos se intitulavam rosa-cruzes (anos de 1614 e seguintes - especialmente na Alemanha).
A filosofia rosa-cruz é gnóstica e alquímica, pois seu cerne dogmático se assenta na transmutação iniciática, em ouro simbólico (transcendente), das qualidades inerentes à natureza humana pelo aperfeiçoamento da personalidade.
Os integrantes do movimento rosa-cruz eram impregnados pela crença do misticismo gnóstico que eles trouxeram à tona naqueles anos iniciais do século XVII, quando a imaginação iniciática contagiava os anseios reformistas da religiosidade.
Na crista dos acontecimentos consta a notícia concernente ao encontro alegórico com o túmulo simbólico do apóstolo Christian Rosenkreutz (ou Cristão Rosacruz), cuja história e lembrança aludem aos preceitos normativos dos antigos membros. Seu acordo era o seguinte:
O nome gnose é termo do idioma grego clássico, significativo de conhecimento intuitivo, ou revelado por via transcendental.
Então, gnose quer dizer conhecimento esotérico, ou conhecimento adquirido no íntimo da pessoa semelhante àquele tipo de compreensão que brota de dentro para fora do indivíduo; é, pois, o conhecimento das coisas ocultas e misteriosas (conhecimento dogmático).
Enfim, o vocábulo gnose difere da palavra sophia vale dizer: conhecimento exotérico, ou adquirido externamente aquele que flui de fora para dentro, ou conhecimento das coisas ostensivas e palpáveis (conhecimento pragmático): filósofo é termo correlato, de origem grega, e quer dizer "amigo do conhecimento".
Conquanto haja sido instituída no Oriente próximo, com os procedimentos místicos da religiosidade, a prototípica seita gnóstica (não somente na sua designação) recebeu esclarecida influência dos pensadores gregos - infiltrada nas colônias helénicas.
As campanhas promovidas por Alexandre Magno ampliaram a infiltração do pensamento gnóstico no continente asiático.
Os seguidores da religião mitraica e os maniqueístas assimilaram e contribuíram para a difusão de princípios doutrinários gnósticos.
Outra seita que aplicou a doutrina gnóstica foi a dos terapeutas essênios, praticada por uma fração dos hebreus (e que teve a discutida participação de vários fundadores do Cristianismo).
Aliás, a religião cristã só prosperou dois séculos depois do martírio infligido a Jesus Cristo, pois, enquanto ela não contou com a adesão oficial (que a transformou na Igreja Católica Apostólica Romana), outras seitas vicejaram a margem da história.
Sucedeu assim com as seitas mitraica e maniqueísta, que foram sufocadas (juntamente com a doutrina gnóstica), sob a perseguição de seus fanáticos opositores.
Apesar de perseguida como herege, a seita gnóstica foi defendida por renomados autores cristãos da Igreja Católica Apostólica Romana naqueles tempos (quando os antigos sacerdotes foram considerados como pais dos fiéis, que convertiam e ilustravam). Mencionados pais (ou padres) pontificaram no cenário latino, em que o Cristianismo católico germinou de modo que o pai era o pater, ou o mesmo que padre: dentre eles se notabilizaram alguns "padres" da Igreja, também insignes gnósticos.
Citam-se muitos nomes de pensadores gnósticos, possuidores de grande erudição, que deixaram à posteridade os frutos de sua seiva religiosa.
Por conseguinte, o Gnosticismo não se extinguiu; ao contrário, perdura através dos séculos, pois, sem dúvida, o feitio gnóstico de cogitação transcendente não desaparece.
Houve algumas variações retóricas, difundidas pelos expositores gnósticos, no tempo e no espaço como os chamados setianos, naasenos, ofitas, valentinianos, barbelonitas, basilidianos, salvacio- nistas, etc.
A seita gnóstica está centrada no livro intitulado Pistis Sophia.
A exemplo de outras obras literárias, que são equivalentes a monumentos religiosos, Pistis Sophia é o livro sagrado dos gnósticos ali estão reunidos os alicerces da sabedoria (Sophia), com os revestimentos da fé (Pistis).
Os objetivos dos gnósticos são:
a) O aperfeiçoamento da personalidade;
b) A união fraternal de todas as pessoas humanas, em perfeita harmonia com os demais seres da Criação universal.
Desde a época do mago bíblico Simão, até os tempos modernos e contemporâneos, a seita gnóstica se interessa por difundir as bases doutrinárias dos ensinamentos cristãos.
A tese precípua dos gnósticos, em todos os tempos, forjou-se nos princípios que visam defender e conservar os antigos mistérios da religiosidade.
Não obstante, durante a Idade Média, as temíveis repressões, impostas pelo sistema corporativo dos católicos romanos, encimadas nos rigores das Ordens religiosas (mormente a jesuíta), conseguiram reduzir a ação gnóstica a umas poucas formas de manifestação afinal, facilitadas pela afinidade com os templários.
Evidentemente, a extinção da Ordem do Templo (suprimida em 1312 pelo papa Clemente V) reprimiu a publicidade gnóstica aos conciliábulos secretos, por longo período. Mas, no início do século XVII, refluiu no panorama cultural da Europa uma reservada instituição, cujos membros incógnitos se intitulavam rosa-cruzes (anos de 1614 e seguintes - especialmente na Alemanha).
A filosofia rosa-cruz é gnóstica e alquímica, pois seu cerne dogmático se assenta na transmutação iniciática, em ouro simbólico (transcendente), das qualidades inerentes à natureza humana pelo aperfeiçoamento da personalidade.
Os integrantes do movimento rosa-cruz eram impregnados pela crença do misticismo gnóstico que eles trouxeram à tona naqueles anos iniciais do século XVII, quando a imaginação iniciática contagiava os anseios reformistas da religiosidade.
Na crista dos acontecimentos consta a notícia concernente ao encontro alegórico com o túmulo simbólico do apóstolo Christian Rosenkreutz (ou Cristão Rosacruz), cuja história e lembrança aludem aos preceitos normativos dos antigos membros. Seu acordo era o seguinte:
1. Nenhum deles deveria fazer qualquer coisa que não fosse curar os enfermos, e isso gratuitamente.2. Nenhum dos que os seguissem deveria, jamais, usar algum tipo de roupa especial, e sim vestir-se segundo o costume do país em que vivessem (ou seja: não utilizar trajes que despertassem a atenção).
c) A cada ano, sempre no dia C (dia de endoenças, que é a quinta-feira santa), deveriam reunir-se na casa do Espírito Santo (a fim de permutar suas experiências e de levá-las aos povos do mundo), ou justificar suas ausências por escrito.
d) Cada irmão deveria buscar uma pessoa merecedora que, após sua morte, pudesse sucedê-lo (para assegurar a continuidade da obra).e) O sinal R.C. deveria ser seu selo, sua marca e seu símbolo (com o propósito de garantir a inviolabilidade da tradição).f) A Fraternidade deveria permanecer secreta por cem anos (manter o segredo oculto, em silêncio).
A Alemanha foi o local onde se publicaram os textos demarcatórios do pensamento rosacruciano (especialmente em Hesse Cassei: Fama Fraternitatis - Notícia da Fraternidade, 1614; Confessio Fraternitatis Rosae Crucis - Declaração da Fraternidade Rosa+Cruz, 1615; e Chymisch Hochzeit Christiani Rosenkreutz - Boda Alquímica de Christian Rosenkreutz, 1616), complementados por outros na Inglaterra e, a seguir, nas demais nações da Europa (com efeito, alguns eruditos ingleses logo aderiram aos conceitos rosacrucianos - seguidos pelos dos demais povos europeus), conforme ocorreu em várias obras literárias da época (séculos XVII e XVIII).
Por ocasião das lutas para a independência dos Estados Unidos (1774-1776), juntaram-se aos nativistas americanos voluntários de várias nações (em particular dá França, que era adversária da política ultramarina inglesa, nos séculos XVIII e XIX). Entre os combatentes franceses, irlandeses, alemães e outros aliados, contavam-se maçons, além de ocultistas, que se radicaram nos Estados Unidos já recém-desligados da Inglaterra. Cedo, seguidores e participantes de organizações esoteristas cuidaram de estabelecer subsidiárias e ramificações de entidades europeias congêneres. Foi dessa maneira que transmigraram para o continente americano inúmeras instituições, congêneres ou não.
Assim como alguns membros ingleses pertencentes à seita "quaker", participantes das expedições colonizadoras, haviam introduzido na América do Norte a semente do sigilo místico (mormente com aqueles que fundaram a Pensilvânia); assim mesmo, alguns deles implantaram (1861) a "Fraternitas Rosae Crucis" - FRC (estando ainda muito atuante), em que pontificaram Paschal Beverly Randolph (1825/1875) e, mais tarde, Reuben Swiburne Clymer (1878/1966), ambos seus Supremos Grandes Mestres.
Na segunda metade do século XIX, por toda parte, multiplicaram-se os movimentos esoteristas, sendo desse período (no ano de 1875 o mesmo em que ocorreu a morte de Randolph) o aparecimento da Sociedade Teosófica (Helena Petrovna Blavatsky ).
Madame Blavatsky, nascida na Rússia, realizou extensas viagens continentais, ambientou-se às culturas orientais (principalmente às do Tibete e às da índia), habitou nos Estados Unidos, residiu na Inglaterra, morou em diversos países e faleceu em Londres (1891, trinta anos após a fundação da Sociedade Teosófica). Ela escreveu importantes obras que incentivaram o surto das organizações esotéricas criadas na Europa (e, dali, para o resto do mundo terrestre).
Em 1879, por exemplo, irrompeu a "Sociedade Rosicruciana in Anglia" (ou, "Societas Rosicruciana in Anglia" - SRIA), que assumiu importante função, nas pegadas deixadas pela Grande Loja de Londres (entidade maçónica, fundada em 1717).
Aliás, é notória a participação de dirigentes maçónicos no movimento rosacruciano (animado por reminiscências templárias), pois a Maçonaria se tinha acrescentado com a introdução de graus rosa-cruzes, na sua estrutura ritualística, ao mesmo tempo que foram complementados por estudos inerentes a tais colações. No mesmo rumo dos acontecimentos históricos ressurgiu na Alemanha o impulso rosacruciano quando o médico teosofista Franz Hartmann (1888) criou a Ordem Rosacruz Esotérica (Esoteric Rosicrucis Ordo)\ enquanto intelectuais franceses fundavam a Ordem Cabalística da Rosacruz
(Ordre Cabalistique de la Rose Croix - 1888), de Stalislas de Guaita; e, também, a Ordem Rosacruz Católica do Templo e do Graal (Ordre de la Rose Croix Catholique du Temple et du Graal - 1890), de Joséphin Peladan (também autodenominado Sar Mérodack Péladan). Na seqüência, membros da SRIA (imigrantes ingleses e outros), com adesistas, fundaram a Rosicrucian Society of the United States of America (ou Societas Rosicruciana in USA - SRIUSA, também chamada Societas Rosicruciana Republicae Americae 1879; e, ainda, Societas Rosicruciana in Civitatibus Foederatis).